Estava de pé em frente a um precipício, olhando de leve para baixo e a todo instante para cima. Queria ter razões para pular de uma vez e sentir os motivos apertando meu peito, mas não conseguia encontrá-los. Meus pensamentos? Um emaranhado de dúvidas e perguntas que não se calavam, pensava estar possuída de alguma forma, pois não conseguia controlar minha mente, então coloquei a mão no bolso e retirei um papel, um lápis e comecei a enumerar as razões.
1. Quero voar.
2.
3.
4.
5.
Não haviam outros motivos. Só o de sentir a brisa e o vento tocando meu íntimo e poder ter certeza de que o segredo para a felicidade estava ali a minha frente. Fiquei parada por alguns segundos, sentindo aquela sensação que cada vez mais aumentava.
Não tinha reação, não podia me mexer, quando de repente lembrei-me de uma parte da história que fazia sentido - tinha medo de altura. E voltei para casa sem olhar para trás.
Olá querida. É um texto de duplo sentido maravilhoso, deu a entender o quanto queremos algo mas temos medo de fazê-lo.
ResponderExcluirRealmente é um texto ótimo e bem elaborado, curto sem nos cansar de tantas palavras, adorei.